20060427

Navegando na cozinha!

Em algum lugar do passado, numa roda de amigos, fiquei deveras emocionado pelo elogio que recebi de um primo meu. A conversa versava sobre a nobre arte culinária e de repente ele colocou a mão no meu ombro e disse: “este aqui cozinha bem!” Em seguida me cobrou uma degustação de meu famoso ensopado de cambuquira.

E, para não deixar por menos, vou transcrever aqui os “Dez Mandamentos do Cozinheiro Amador”: 1- Não te considerarás acima de teu conhecimento culinário, nem abaixo, mas, por meio das pessoas que te possam ser sinceras, avaliarás o estágio em que te encontras e buscarás o aprimoramento. 2- E serás misericordioso com a tua ignorância, tratando de reduzi-la, buscando conhecimento onde ele estiver: nas revistas, nos livros, nos jornais e naqueles que te superam. 3- Lembra-te que o dia de sábado é santificado para o cozinheiro amador. É tempo de descanso e prazer. E as lojas de utensílios para cozinha e produtos culinários estão abertas! 4- Não matarás um animal nem arrancarás da terra uma planta se não for para honrá-los com a comida que tu prepararás. 5- Não furtarás receitas de outros sem mentir sobre a autoria. 6- Nenhum de teus pratos será em vão. Aquele errado, será a base do teu crescimento como cozinheiro. Quando teu prato maravilhar pela soma das suas virtudes, terás, como recompensa menor, a inveja dos teus inimigos. 7- Não cobiçarás a cozinheira do teu próximo andar nem a do anterior, pelo bem da vida condominal do edifício. 8- Não farás para ti imagem nem escultura dos grandes mestres cozinheiros, mas os terás como farol para a tua navegação pelo mundo culinário. 9- Eu sou o teu guia e te tirei do agito da sala e te coloquei na servidão da cozinha. 10- E darei fome três vezes ao dia aos que te rodeiam.

Para quem aprendeu a cozinhar somente depois de casado até que tenho me saído muito bem, muito provavelmente por já ter praticado bastante em encarnações anteriores, o que não deixa de ser uma verdade, pois meus saudosos pais e avós sempre elogiaram a minha comida. E também meu filho, esposa, irmão, sogra, cunhados, primos, tios, padrinhos e etecéteras. E digo mais, para eu, cozinhar é mais fácil e prazeroso até mesmo do que coçar o s...

20060425

Sobre o chá

Nós, brasileiros, convencionamos chamar de chá todas as infusões dos diveros tipos de ervas que existem por aí, porém, o verdadeiro chá (Camélia sinensis L., da família da Teáceas) é de origem oriental e dele é produzido o verdadeiro chá (verde, preto etc e tal).

O chá preto tornou-se conhecido na Europa no início do reinado de Carlos II da Inglaterra, em 1660. Nessa época, a corte o adotou por intermédio de sua mulher, a portuguesa Catarina de Bragança. Os aparelhos de chá (bule e xícaras) foram trazidos do Oriente. Começou então um verdadeiro ritual para servi-lo, que incluía usar chaleiras de prata e prepará-lo na frente dos convidados.
Foi D. João VI que, em 1812, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, estimulou o plantio de chá no Brasil. Já em São Paulo, o chá foi introduzido pelo general José Arouxe de Toledo Rondom, que o semeou em sua chácara nos arredores da cidade, dando origem à denominação do bairro e, mais tarde, ao Viaduto do Chá.
Deixando a história de lado, estudos recentes atribuem atividade farmacológica diversificada e promissora ao chá, principalmente devido a certos princípios ativos (catequinas) presentes nos chás tradicionais (preto, verde e banchá). O chá funciona como anticoagulante e protetor natural das artérias, antibiótico, antioxidante, agente antiulcerativo e antidiarréico, anticárie, antiviral, diurético e analgésico.
Apesar desses atrativos, devido a presença dos alcalóides cafeína/teobromina presentes no chá e cujos teores eqüivalem à metade da encontrada no café, o excesso de chá também pode ser nocivo à saúde, podendo agravar a ansiedade, a insônia, os sintomas da TPM, e, devido ao seu alto teor de oxalato, inclusive causar cálculos renais.
Existem variados tipos de chás e infusões, e de como prepará-los, porém, quanto ao chá, não fiquem chateados, mas vou ter que parar por aqui, não sem antes dizer que o maior produtor mundial de chá não é a China e sim o Sri-Lanka (antigo Ceilão).

20060424

Como dizia o "Velho Guerreiro"...

No processo de comunicação que envolve o ser humano é comum ocorrer erros de interpretação. Isso pressupõe que, necessariamente, para ser bem entendida, uma mensagem também tem que ser bem expressada. Infelizmente isso nem sempre ocorre em nosso turbulento cotidiano. Para ilustrar tal assertiva vou transcrever abaixo “O Caso da Família Inglesa”, uma engraçada história que recebi por e-mail daquele meu amigo do Caribe.

“Certa vez uma família inglesa foi passar as férias na Alemanha. No decorrer dos passeios viram uma pequena casa de campo que lhes pareceu boa para passar as férias de verão. Foram falar com o proprietário da casa, um pastor alemão, e combinaram alugá-la no verão seguinte.”
“De volta à Inglaterra discutiram muito acerca da casa e, de repente, a senhora lembrou-se de não ter visto o W.C. Confirmando o sentido prático dos ingleses, escreveram imediatamente para esclarecer esse detalhe.”
“A carta foi escrita assim: ‘Gentil Pastor: Sou membro da família inglesa que a pouco visitou-o e se dispôs alugar sua propriedade no próximo verão. Como esquecemos um detalhe muito importante, agradeceríamos que nos informasse onde se encontra o W.C.”
“O pastor, não compreendendo o significado da abreviatura W.C., e julgando se tratar da capela da seita inglesa White Chapel, respondeu nos seguintes termos: ‘Gentil senhora: Tenho o prazer de comunicar-lhe que o local do seu interesse fica a 12 quilômetros da casa. É muito cômodo, sobretudo para aqueles que tem o hábito de ir lá freqüentemente. Nesse caso é preferível levar um lanche para passar o dia todo. Alguns vão a pé, outros de bicicleta. Há lugar para 400 pessoas sentadas e 100 em pé, e recomenda-se chegar cedo para arrumar lugar sentado, pois os assentos são de veludo. As crianças sentam-se ao lado dos adultos e todos cantam em coro. Na entrada é distribuída uma folha de papel para cada um, porém, se chegar depois da distribuição, pode usar a folha do vizinho ao lado. Tal folha deve ser devolvida à saída para poder ser usada durante todo o mês. Existem amplificadores de som. Tudo que se recolhe é distribuído para as crianças pobres da região. Muitos dos presentes são fotografados para os jornais da cidade, a fim de que todos possam ver os seus semelhantes no desempenho de um dever tão humano. Grato pela compreensão, cordiais saudações.”
Como se vê, a senhora inglesa se expressou mal e o pastor alemão teve uma interpretação errada da sigla W.C., pois em seu país não se conhece tal sigla com o mesmo significado dos ingleses. Estes últimos costumam abreviar a palavra ‘Water Closet’ por W.C. que, para eles, quer dizer ‘latrina com descarga de água’, ou seja, o nosso popular banheiro, esse conhecido lugar onde muitos de nós brasileiros costumamos também, todos os dias, ler o jornal (e, providencialmente, até mesmo descartá-lo numa eventual emergência!).
Relembrando as palavras do saudoso velho guerreiro(Chacrinha), essa história da família inglesa “VAI PRÔ TRONO OU NÃO VAI?” Claro que vai, pois “quem não se comunica se estrumbica” ...

20060419

Utopia ou realidade?

“PRECISA-SE: de pessoas que tenham os pés na terra e as cabeças nas estrelas; capazes de sonhar, sem ter medo; tão idealistas que transformem seus sonhos em metas; e, elas, em realidade; de pessoas determinadas que nunca abram mão de construir o seu futuro; que não temam mudanças, mas que saibam tirar proveito delas; pessoas que tornem seu trabalho objeto de prazer e de realização pessoal; e que percebam, na visão e na missão de seus destinos, um forte impulso para sua própria motivação; pessoas com dignidade, que se conduzam com coerência em seus discursos, seus atos, suas crenças e seus valores; de pessoas que questionem, não pela simples contestação, mas pela necessidade íntima de só aplicar as melhores idéias e praticar as boas ações; e que mostrem, em suas faces serenas, de parceiros ideais, sem querer ser superiores e nem inferiores, mas iguais; de pessoas ávidas por aprender e que se orgulhem de absorver o novo; com coragem para abrir novos caminhos, enfrentar desafios, criar soluções, correr riscos calculados, sem medo de errar; de pessoas que construam suas equipes e nelas se integrem; e não tomem para si o poder, mas que saibam compartilhá-lo; pessoas que não se percam no seu próprio brilho, mas que se empolguem com o brilho do resultado alcançado em conjunto, como fazem as formigas e as abelhas; de pessoas que enxerguem as árvores, mas também prestem atenção na magia da floresta e que tenham a percepção do todo e da parte; que sejam seres humanos justos, que inspirem e demonstrem confiança em seus parceiros, estimulando-os, energizando-os, sem receio que eles lhe façam sombra e sim orgulhando-se deles; de pessoas que criem em torno de si um ambiente de entusiasmo, de liberdade, de responsabilidade, de determinação, de respeito e de amizade; que sejam seres racionais, que compreendam que a sua realização pessoal está atrelada à vazão de suas emoções, pois é nela que encontramos a razão de viver; precisa-se dessa gente que saiba administrar as COISAS e liderar as PESSOAS, pois precisa-se, urgente, repensar um novo ser.”

Isto é utopia ou realidade?

20060418

Atchim, e não é gripe!...

Conviver com o ácaro é mesmo uma dificuldade, pois ele é parte essencial de um grande mal que aflige grande parte da população atual: a rinite alérgica.

Pesquisas recentes sobre asma e rinite alérgica relatam-nos que a poeira domiciliar tem sido reconhecida como importante causa de rinoconjuntivite alérgica e asma brônquica.

Ela constitui-se em um agregado dos mais diversos elementos orgânicos e inorgânicos desintegrados microscopicamente e acrescidos de fungos, bactérias e ácaros.

Existem mais de 50 mil espécies diferentes de ácaros na poeira doméstica. Os ácaros são seres minúsculos (0,3 mm), semitransparentes e invisíveis ao olho nu, e pertencem ao filo artrópode, da classe aracnidae (a mesma de aranhas e escorpiões).

Os ácaros reproduzem-se com facilidade nos carpetes, tapetes, colchões, roupas de cama, móveis, estofados e frestas de assoalhos. Para que os ácaros se desenvolvam é necessário que o ambiente doméstico lhes ofereça, além das condições adequadas de umidade e temperatura, sobretudo a alimentação, representada em parte por descamação do epitélio humano e de animais domésticos, e em parte por excrementos.

O ácaro evolui da seguinte forma: ovo-larva-ninfa-adulto. Cada ciclo evolutivo transcorre no período de 30 dias e a vida média de um ácaro oscila em torno de três meses. Com isso pode-se ter uma noção da carga de elementos antigênicos que tais parasitas mantêm na poeira doméstica.

Os ácaros excretam seus produtos de três formas: postura de ovos, secreção de óleo pela glândula lateral e excreção de fezes. Os ovos e a secreção de óleo não possuem poder alergizante, porém a guanina, que é o produto final da digestão da purina, é um dos mais importantes alérgenos de sua contaminação fecal, cujas partículas se acumulam em maior proporção na poeira doméstica.

Dissertar sobre ácaros é fácil; livrar-se deles e do estrago causado por seu poder alergênico são outros quinhentos. Só quem, como meu filho e eu, que somos alérgicos é que sabemos muito bem do que estou falando.

Agora que o inverno está já está quase chegando o melhor mesmo é retirar do guarda-roupa todos os vestuários mais quentes, lavá-los e secá-los ao sol da tarde, antes que seja tarde demais!


20060412

Sobre a essência do budismo

Eu vim a saber a verdadeira essência do budismo simultaneamente através da leitura de duas publicações diferentes: a primeira, pela revista “Meditação” (nº 30), nas palavras do Dalai Lama (...); e a segunda pelo livro “a Tigela e o Bastão” (Ed. Pensamento), uma coletânea de 120 contos zen narrados pelo mestre Taisen Deshimaru, que o mestre Manoel me emprestou, e ela está contida no conto “Zazen sobre o pinheiro pára-sol”, que é o seguinte:

Na China, havia um monge zen, chamado mestre Dori, que, por fazer zazen empoleirado num pinheiro pára-sol, fora alcunhado de mestre Ninho de Passarinho. Um poeta muito célebre, Sakuraten, foi visitá-lo e, ao vê-lo fazer zazen, disse-lhe: ‘Tomai cuidado, que isso é perigoso; podereis, um dia, cair do pinheiro.’ De maneira nenhuma, respondeu mestre Dori: ‘Vós é que correis perigo. Aqui e agora faço zazen, meu espírito está completamente fixado. Vós não fazeis zazen nenhum e estais sempre transbordando de paixões. Escreveis poemas e vosso espírito vive em constante movimento, sensível, ansioso, atormentado.’ Sakuraten refletiu, depois disse: ‘Com efeito, vivo dominado por paixões; é como brincar com o raio.’ E, depois, perguntou ao mestre zen: ‘Qual é a verdadeira essência do budismo?’ Mestre Dori respondeu: ‘Não façais o mal, praticai somente o bem. Praticar o bem é muito simples. É a essência do budismo.’ O poeta sorriu e disse: 'Todo mundo pode compreender isso. Até mesmo um bebê'.

Os prezados leitores devem estar curiosos. A essência do budismo vocês agora já sabem o que é, não é mesmo! Mas, também agora, deduzo que estarão a imaginar o que será zazen. Então vai lá: os orientais chamam de zazen a meditação noturna para a morte do ego. Já zen é meditação diurna, em movimento (ou, simplesmente, a morte do ego em marcha!).

O curioso nisso tudo é que, mesmo sem saber - e com ou sem zazen! - o meu saudoso pai demonstrou ser em vida um budista nato. Fazer isso - praticar somente o bem! - nele estava intrínseco e era explícito. Também soube transmitir essa filosofia de vida aos seus filhos. Disso tudo posso reflexionar que “conhecer é importante, mas compreender é essencial”, e compreender o que até mesmo um bebê pode fazer, deve ser, sem nenhuma dúvida, o melhor dos conhecimentos! Isso não é mesmo maravilhoso?
E por falar nisso já é sabido que o 14° Dalai Lama (Denzin Giatso) estará, em breve, fazendo uma visita ao Brasil. Ele é uma personalidade muito importante no mundo, pois, assim como Sai Baba, Gurumayi, e muitos outros mestres espirituais vivos, apesar de pregarem suas doutrinas religiosas próprias, todos tem em comum o ecumenismo.

20060406

A fábula das areias

A presente fábula consta do livro “A sabedoria das areias - Discursos sobre o sufismo”, do mestre iluminado OSHO (Editora Gente, vol. I). Ela foi proferida por ele aos seus discípulos em 21/02/78 no Osho Commune International (em Puna, Índia).

A fábula das areias: Um regato, vindo de sua fonte nas longínquas montanhas, passando por todos os tipos e espécies de regiões, finalmente alcançou as areias do deserto. Da mesma forma como atravessou todas as outras barreiras, tentou atravessar esta também, mas se deu conta de que ao entrar em contato com a areia, suas águas desapareciam. Estava convencido, contudo, que seu destino era atravessar este deserto, mas não havia como. Uma voz oculta, vinda do próprio deserto, sussurrou: ‘O vento atravessa o deserto, e da mesma maneira o regato poderá fazê-lo’. O regato objetou que estava investindo contra a areia, e tudo que obtinha era ser absorvido; que o vento podia voar e por isso podia atravessar um deserto. ‘Você não pode atravessar abrindo caminho de sua maneira costumeira. Você ou desaparecerá ou se tornará um pântano. Você precisa permitir que o vento o carregue a seu destino’. 'Mas como isso pode acontecer?’, indagou o regato. ‘Permitindo-se ser absorvido pelo vento', respondeu o deserto. Esta idéia não era aceitável para o regato. Afinal de contas, ele jamais fora absorvido antes. Ele não queria perder sua individualidade, e uma vez perdida, como saber se ela poderia um dia ser readquirida? ‘O vento’, disse a areia, ‘executa esta função. Ele ergue a água, carrega-a sobre o deserto e então a deixa cair novamente. Caindo como chuva, a água de novo se torna um rio.’ ‘Mas como posso saber que isso é verdade?’, disse o regato. ‘É assim, e se não acreditar, você não poderá passar de um lamaçal, e mesmo isso poderia levar muitos e muitos anos; e certamente um lamaçal não é o mesmo que um regato.’ ‘Mas não posso permanecer o mesmo que sou hoje?’, retrucou o regato. ‘Em nenhum dos casos você pode permanecer assim’, disse o sussurro. ‘Sua parte essencial é levada para longe e novamente forma um regato. Você se chama pelo que você é hoje porque não conhece qual é sua parte essencial.’ Quando ouviu isso, certos ecos começaram a surgir em seus pensamentos. Vagamente, se lembrou de um estado no qual ele - ou seria uma parte dele? - foi erguido nos braços de um vento. Lembrou-se também - será mesmo? - que esta era a coisa real, mas não necessariamente o óbvio a ser feito. E o regato ergueu seu vapor nos respectivos braços do vento, que gentil e facilmente o transportaram para cima e adiante, deixando-o cair suavemente tão logo eles alcançaram o topo de uma montanha, muitos quilômetros além. E porque teve suas dúvidas, o regato foi capaz de se lembrar e gravar mais fortemente em sua mente os detalhes da experiência. Ele refletiu: ‘Sim, agora descobri a minha verdadeira identidade’. O regato estava aprendendo. Mas as areias sussurraram: ‘Sabemos, pois vemos isto acontecer todos os dias; nós, as areias, nos estendemos da margem do rio até a montanha’. E é por isso que se diz estar escrito nas areias o caminho pelo qual o curso da vida deve continuar sua jornada.”

20060405

Sobre a Meditação transcendental

Em 1957 Maharishi Mahesh Yogi criou o Programa de Meditação Transcendental (MT) e fundou o Movimento Mundial de Regeneração Espiritual, que rapidamente se difundiram, não só na Índia, como também em todo o ocidente.

A Meditação transcendental (MT) consiste simplesmente numa técnica mental, natural e fácil de aprender. Ela é praticada durante 15 a 20 minutos, duas vezes ao dia, da seguinte forma: sentamos confortavelmente com os olhos fechados e, mentalmente, também repetimos uma palavra em sânscrito ou um som (mantra). Durante esse período em que ela for praticada poderemos desfrutar de um repouso duas vezes mais profundo do que o do sono; esse estado de deslumbramento proporciona ao corpo um alívio do estresse, tensões e fadigas, que são as principais causas de nossos desequilíbrios físicos e mentais.
Devido ao ritmo acelerado da vida, nem sempre é possível desligar-se da atividade mecânica e, mesmo que o consigamos, a mente é incapaz de se aquietar naturalmente, devido ao estresse e tensões acumuladas. A técnica de MT nos permite que nossa mente se aquiete espontaneamente, alcançando um estado perfeitamente calmo, integrado e alerta, em que o corpo repousa profundamente.
A MT é uma técnica científica que não implica em nenhuma mudança de estilo de vida, hábito ou comportamento, e não entra em conflito com nenhuma crença ou prática religiosa. Mais de 500 estudos científicos nos últimos 30 anos, em mais de 200 Universidades e Institutos de Pesquisa, em cerca de 30 países, comprovaram os benefícios da MT em todas as áreas da vida: mente, corpo, comportamento e meio ambiente.
A essência da MT do mestre Maharishi está em seu livro “Ciência do Ser e Arte de Viver” onde ele nos ensina que não somos fragmentos isolados de inteligência, pois nossa mente, como um espelho, é capaz de refletir a sabedoria infinita do Universo, conforme foi descoberto na Índia há milhares de anos, pelos sábios védicos.
Em sânscrito Veda significa conhecimento pleno e, segundo o Maharishi, essa sabedoria védica pode ser praticada através de seu método de Meditação Transcendental, que não é uma panacéia, mas sim, na prática, “uma só solução para todos os nossos males”.
Por ser simples e fácil, a MT espalhou-se rapidamente pelo mundo, atraindo multidões de “almas” interessadas em desenvolver o seu grande potencial interior e, hoje em dia, ela é praticada por mais de 5 milhões de pessoas no mundo inteiro. Pessoas de todas as idades, culturas, profissões e religiões, que aprenderam diariamente, com ela, a desfrutar de seus múltiplos benefícios.
Neste seu livro este mestre associa as mais modernas descobertas científicas com as antigas noções de harmonia e consciência universal e nos propõe, com isso, uma nova maneira de aperfeiçoarmos nossa mente, nosso corpo, comportamento e sua indispensável interação com o meio ambiente.
Segundo o Maharishi, onde quer que se introduza a MT - da escola à saúde, da vida íntima às atividades profissionais - obtêm-se de imediato influências positivas, que se resumem numa única e singela mensagem: “todo homem nasce para viver uma vida livre de sofrimento , elevada paz espiritual, e alto nível de realização pessoal” o que, trocando em miúdos, também pode ser entendido como a tão almejada “iluminação interior”.

20060404

Navegando com Sri Aurobindo Ghose

“... o que temos dentro de nós, é o que cria as nossas circunstâncias externas...”

(Sri Aurobindo)


“O Entrave”

(Sri Aurobindo)


“Quando tivermos passado além dos conhecimentos, então teremos o Conhecimento;
a Razão foi o auxílio, a Razão é o entrave.
Quando tivermos passado além do querer, então teremos o Poder;
o Esforço foi o auxílio, o Esforço é o entrave.
Quando tivermos passado além dos prazeres, então teremos a felicidade;
o Desejo foi o auxílio, o Desejo é o entrave.
Quando tivermos passado além da indivualização, então seremos pessoas reais;
o Ego foi o auxílio, o Ego é o entrave.
Quando tivermos passado além da humanidade, então seremos o Homem;
o Animal foi o auxílio, o Animal é o entrave.

Então...

Transforma tua razão em intuição ordenada;
que tudo em ti seja luz. Este é teu alvo.
Transforma teu esforço em um conhecimento igual e soberano da força da alma;
que tudo em ti seja força consciente. Este é teu alvo.
Transforma teu prazer em êxtase igual e sem objetivo;
que tudo em ti seja felicidade. Este é teu alvo.
Transforma o indivíduo dividido na personalidade universal;
que tudo em ti seja divino. Este é teu alvo.
Transforma o animal no Pastor de rebanhos;
que tudo em ti seja Krishna (Cristo). Este é teu ‘Álvaro’, digo, alvo.”