20070628

Cadê ele?

- Tirou férias!

Labels:

20070622

O Gato e o Rato

Depois de ser perseguido durante um bom tempo por um gato, um rato esconde-se em um toca e fica ali durantes horas. Até que, depois de ouvir do lado de fora os latidos de um cachorro, ele achou que o gato havia ido embora e saiu para fora para passear. Contudo, assim que enfiou a cabeça para fora, foi logo pego pelas garras do gato. Espantado o rato perguntou ao gato: "Você imita latidos?" E o gato respondeu: "Está claro, meu caro, neste mundo globalizado, quem não fala duas línguas morre de fome!".

Moral da história: Já diz o texto: nunca se deixe levar pelas palavras ou aparências, pois isso, em algum momento, poderá lhe ser fatal!

Labels:

20070618

Qualidade de vida espiritual.

Num universo de 100 pessoas vivas, poderíamos afirmar, sem a menor incerteza, que essa quantidade de vida material é de 100%. Por outro lado, nesse mesmo porcentual, qual seria sua qualidade de vida espiritual?
Quando Buda iluminou-se debaixo da árvore Bo, ele desvelou as quatro Nobres Verdades: primeiro, que existir implica em sofrer; segundo, que o apego é a causa do sofrimento humano; terceiro, que é possível fazer cessar o sofrimento pela transcendência do apego; e quarto, que essa transcendência somente ocorreria através do Caminho Octuplo, também conhecido como sendo o famoso "Caminho do Meio" que evita os extremos e conduz o ser humano à sua plena realização: compreensão correta (1); pensamento correto (2); palavra correta (3); ação correta (4); modo de vida correto (5); esforço correto (6); concentração correta (7); e meditação correta (8).
Buda, como um magistral terapeuta, não só faz um diagnóstico da miséria humana, como também prescreve o medicamento para a sua cura, o que também possibilita ao ser humano a plenitude de sua qualidade de vida espiritual.
Ocorre que nós humanos somos seres imperfeitos e comumente negamos estas quatro nobres verdades: que carregamos conosco um carma a ser pago; que os nossos egos (ira, cobiça, luxúria, inveja, orgulho, preguiça, gula e seus múltiplos agregados) controlam as nossas vidas; que esse “controle” pode ser eliminado (liberando a nossa essência!); e de como fazê-lo para que isso se torne realidade (seguindo o "Caminho do Meio").
A vida é um espelho. Jesus, o Cristo, e Siddharta Gautama, o Buda, seres verdadeiramente iluminados, vivenciaram a transcendência crística e búdica, e, com isso, mudaram o rumo da humanidade. Quer ou não sob a influência destes dois mestres maiores, a nossa história também registra muitíssimos outros exemplos menores de tais iluminações, o que pressupõe que este caminho está aberto à todo ser humano.
Por outro lado, hoje em dia entende-se que toda qualidade de vida seja apenas voltada para o lado material: bem-estar físico, mental e sócio-econômico; via de regra obtido através da alimentação saudável, da atividade física sadia, do sucesso no desempenho profissional, da constituição da família, das responsabilidades sociais, do reconhecimento público, etc, etc, etc....
É salutar e justo que isso ocorra a todo indivíduo humano, que esse patamar de “qualidade de vida” possa ser alcançado por todos os membros de nossa sociedade, desde a base até o topo da pirâmide social. Mas, infelizmente isso é uma utopia em nosso mundo atual.
Assim sendo, já que não podemos mudar o mundo da forma como queremos, porque então não começar por nós essa mudança, e praticar a qualidade de vida sob os oito preceitos búdicos, o seu contraponto espiritual, onde uma e única palavra se repete nestes oito mandamentos: a correção! Dessa forma, mesmo que não realizemos todos, pelo menos tentemos, não só aprimorando a nossa qualidade de vida atual, mas de coração buscando aumentar dia-a-dia a nossa luz interior em pról de uma qualidade de vida total e espiritual, não só para nós, mas também para toda a humanidade, como já nos ensinou Gurdjieff: primeiro em si, depois no outro, após em todos...

PS- Hoje se inicia na Globo mais uma nova novela das sete: "7 Pecados" É dito pelos homens sábios que cada pecado possuie mais de mil agregados; então, deduzo que o título dessa novela está errado, melhor seria: "7007, Uma Odisséia Global"....

Labels: , ,

20070615

Krishnamurti: em busca da liberdade!

Jiddu Krishnamurti (1895-1986), por tradição, como 8º filho homem de uma família de brâmanes, recebeu esse nome, em honra a Sri Krishna, uma divindade outrora encarnada num 8º filho. Seu pai, adepto da Sociedade Teosófica, passou sua tutela à Sra. Annie Besant, que estava convencida de que o menino estava destinado a tornar-se um grande instrutor espiritual.
Em janeiro de 1911 é fundada em Adyar, Índia, a Ordem da Estrela do Oriente, uma organização cujos membros preparavam a si próprios e ao planeta para o advento do Instrutor do Mundo. Era crença entre eles que todos os grandes instrutores religiosos foram guiados por um mesmo ser, o Lord Maitreya, que, aproximadamente, de 2 em 2 mil anos, se manifestava em encarnação humana através do veículo escolhido e, estes, acreditavam firmemente que Krishnamurti fosse esse novo veículo para o Avatar da Nova Era (de Aquário).
Ainda em 1911, sempre sob os cuidados da Sra. Besant, Krishnamurti foi trazido à Inglaterra para ser preparado e educado como o Instrutor do Mundo. Ali permanece durante toda a 1º Grande Guerra. Posteriormente viaja à França, Austrália, Estados Unidos, Holanda, etc.. e por fim retorna a Índia. Seus doutrinadores sempre desejaram conciliar em Krishnamurti uma mistura de Jesus e Buda Gautama, mas, desde 1926, sua rebeldia psicológica quanto aos dogmas pregados pela “Ordem” fez que ele, em 1929, para espanto geral, a dissolvesse, após 18 anos de sua existência.
Nesse dia Krishnamurti disse: “Eu sustento que a verdade é uma terra não trilhada e que não a alcançareis por nenhum caminho, nenhuma religião, nenhuma seita... não quero seguidores... de que serve ter milhares deles que não compreendem, que estão completamente imbuídos de preconceitos, que não desejam o novo e que preferem viver ao gosto de seus egos estéreis e estagnados... desejo que todos os que queiram compreender-me sejam livres, não para me seguir, não para fazer de mim uma divindade presa em uma gaiola... primeiro desejo que estejam livres de todos os temores - do medo da religião, do medo da salvação, do medo da espiritualidade, do medo do amor, do medo da morte, do medo da própria vida. Durante 18 anos me prepararam para ser o novo Instrutor do Mundo e estiveram à espera de alguém que vos desse novo deleite ao coração, à mente, à vida... quereis novos deuses em lugar dos velhos, novas religiões em lugar das velhas - tudo isso é igualmente sem valor, tudo barreiras, limitações, muletas...; Quanta infantilidade! Quem senão vós mesmos podeis dizer se sois feios ou belos interiormente? Neste momento o que me interessa é somente tornar os homens absoluta e incondicionalmente livres.”
Após essa mudança radical no rumo de sua vida, Krishnamurti continuou fiel a esse ideal, cujo propósito maior foi o de tornar os homens, sem nenhuma restrição, livres dos dogmas, dos padrões e, principalmente, dos próprios temores e limitações que separam o homem do homem.
Segundo Krishnamurti, “ o mundo está em nós, e em nós encontraremos as causas da desordem em que o pusemos: avidez, nacionalidade, competição, e egoísmos de todas as espécies”. Para finalizar ele complementa: “o mundo não tem nada de confortador para nos oferecer, entretanto, com cristalina clareza, vermos a nós próprios diante do espelho não é algo que propicie conforto. Muitos se afastam de seu ‘espelho’ para procurar em outro lugar uma imagem mais lisonjeira de si mesmos; mas, aqueles que tiverem coragem de se olhar, poderão operar em si próprios uma maravilhosa transformação interior”.
Em verdade esta é a mensagem que Krishnamurti nos deixou. Ela nos leva ao “autoconhecimento”, que muito pode contribuir para a interna tranqüilidade do ser e para a eterna felicidade do homem.

Fontes: Krishnamurti: “Viagem por um mar desconhecido” (Ed. Três); Mary Lutyens: “Krishnamurti: os anos do despertar” (Cultrix); Osho: “Livros que amei” (Madras); Pesquisa Internet, etc...

Labels:

20070612

A minha reflexão para o dia dos namorados...

“Cada um de nós, ao nascer, traz dentro de si a sua cota de amor! Mas o trabalho, o dinheiro, as necessidades, isso tudo, nos resseca o solo do coração.” Assim como, no passado, Maiakóvski cantou estes seus versos no magistral poema “Amo”, a nossa vida cotidiana se caracteriza mais pelo desencanto do que pelo amor, pois sempre temos tantas coisas para fazer, algumas das quais gostamos, mas a sua grande maioria nos é exigida de nós. Tudo o que nos pedem é prioritário, urgente, e merece estar sempre em primeiro lugar, e se não o fazemos, conforme assim nos pedem, logo nos criticam, ficam aborrecidos, e daí nos castigam.
Infelizmente, as ordens naturais das coisas não nos têm como centro. Elas são o resultado de pressões exercidas sobre nós. O que verdadeiramente desejamos não conseguimos realizar nunca. Na vida cotidiana os nossos desejos nos chegam sob forma de fantasia (“que bom seria se....”), mas, antes disso, sempre acontece alguma coisa que nos impede de realizar esse nosso desejo e, assim, exercer a nossa vontade. Nosso companheiro ou companheira tem sempre que fazer outra coisa, ou não sente a mesma vontade e vice-versa, e se respondemos que não, que ele ou ela tenha paciência, ele ou ela se ofende e a nossa vontade se vai, assim como antes já foi a dele ou dela.
Tudo isso é o desencanto, a impressão que existe alguma coisa que desejamos fazer, mas, no final, acabamos absorvidos em fazer outra coisa. Nossa vida se resume nisso. Nunca nos sentimos totalmente compreendidos, nunca temos satisfação profunda, nunca os nossos desejos se combinam perfeitamente com os dos nossos semelhantes.
É um estado passageiro, mas depressivo, que julgamos impossível que continue assim, estúpido e rancoroso. Entretanto, assim, ele permanece por anos afora. São anos tristes, anos de desencanto, sem amor, anos sem história, sem felicidade verdadeira, anos em que apenas vamos vivendo. Quem quiser saber mais sobre isso pode consultar o livro "Enamoramento e Amor", de Francesco Pieroni, renomado sociólogo italiano.
E embora estivesse o meu coração assim todo ressequido, “TU, entraste, a sério, olhaste, advinhaste: UMA CRIANÇA! Tomaste, arrancaste-me o coração e simplesmente foste com ele jogar, como uma menina com a sua bola ” (Maiakóvski).
Reflexão: o verdadeiro amor tem muito a ver com a existência de alguma virtude ou sentimento nobre dentro do coração do outro, pois, do contrário, com canto e sem encanto, haja desencanto...

Labels:

20070605

Frio, filme e pipoca!

Todos sabem que o cinema é a Sétima Arte. Pensando nisso eu fiquei a conversar com os meus botões: “Se o cinema é a Sétima Arte, quais seriam então as outras seis?”. Nada mais natural, não é mesmo?
Como de costume, fui pesquisar por aí e descobri que o cinema é chamado de Sétima Arte porque, no século XX, juntou-se às outras seis, já tradicionalmente consideradas: Arquitetura, Literatura, Pintura, Escultura, Música e Dança.
O inventor do cinema foi Thomas Edison, em 1893, entretanto, seus filmes só tinham 15 segundos de duração e apenas eram vistos por uma pessoa de cada vez, em uma máquina chamada cinetoscópio. Porém, o nascimento do cinema é comemorado em dezembro de 1895, quando os irmãos Lumière(Auguste e Louis) promoveram em Paris a primeira sessão pública de seu invento, o cinematógrafo, mostrando cenas cotidianas gravadas em filme.
Os primeiros filmes eram em preto e branco. Também eram mudos. O primeiro filme com som só surgiu em 1927; e os coloridos somente nos anos 30. De lá para cá o cinema tornou-se nessa “Indústria” que todos conhecem (como é mesmo que se escreve Hollywood?).
Graças à invenção do cinema, todos nós temos o filme inesquecível de nossas vidas. Qual será o seu: “Titanic”, ou “O Vento Levou”? O meu é: “No verão de 42”. A história se passa na época da II Grande Guerra Mundial, quando um adolescente, em férias numa ilha de veraneio, fica conhecendo uma mulher, cujo marido foi convocado para a guerra. Ele se apaixona perdidamente. Nesse romance ele vive o seu primeiro momento de amor, que ocorre após ela receber a notícia de que seu marido havia morrido em combate. Um amor efêmero, como acontece com o verão, mas inesquecível na vida do personagem principal do filme.
Também para mim, pois foi o primeiro filme impróprio para menores de 18 anos que assisti, no verão de 73, com a idade de 16 anos e a carteirinha de escola falsificada - como era comum aos adolescentes dessa época. Hoje esse filme pode ser exibido na sessão das dez - DA MANHÃ!- junto com os desenhos animados e os programas infantis, sem o menor pudor ou constrangimento.
Isso me lembra que eu devo ir à locadora retirar mais uma vez esse filme, pois o dia frio de hoje está prá filme e pipoca!





Labels: ,