20080929

"A Sabedoria dos Homens Santos"

"Há três tipos de sabedoria: Um primeiro tipo de sabedoria é aquele em que as pessoas simplesmente reconhecem a vida de seu corpo material. Assim, também acreditam que devem desfrutar todos os prazeres que essa vida lhe der. Se, depois da morte, tem ou não outra vida espiritual, elas não sabem. Essa é a sabedoria das pessoas do momento: “Aproveite bem a sua vida!”.
Um segundo tipo de sabedoria é aquele em que as pessoas conseguem perceber que em seu corpo habita um espírito; que, um dia, esse corpo vai se acabar e que, por isso, precisam purificar o espírito o quanto antes, para que ele consiga retornar para sua essência original, para o lugar de onde veio.
Um terceiro tipo de sabedoria é o daquelas pessoas que sabem que a vida neste corpo é muito importante, pois somente através dele é que o espírito vai conseguir se desenvolver e realizar algo para as demais pessoas e seres deste mundo. Depois de cumprida essa tarefa esse espírito poderá retornar a Deus. Essa é a sabedoria dos Homens Santos.
Um Homem Santo sabe qual é a missão que lhe cabe desempenhar. Não vem para este mundo simplesmente para viver nele, mas que precisa da vida de um corpo para completar sua missão. Todo ser humano tem uma missão. O problema é que hoje ele não consegue superar o nível da cultura da humanidade e, por isso, não consegue completar essa sua missão.
Foi para isso que os Homens Santos vieram para esse mundo, para orientarem a humanidade na transformação da compreensão que temos de nossa própria vida e que direção devemos dar à ela. Pelo livre-arbítrio, essa decisão é nossa e, a partir dessa direção, trilharemos o caminho de busca da verdade.
Na busca da verdade é preciso haver três condições básicas: sinceridade; um coração eterno (perseverante); e um coração forte, que não tema o sofrimento e que seja capaz de superar os obstáculos que se apresentem à sua frente. Quando dispomos dessas três premissas, então encontramos a verdade.
Buscar a verdade é uma felicidade, porque aí conseguimos enxergar o nosso lado ignorante e também ver a nossa própria consciência. É daí que a sabedoria brota, assim como também a libertação. O que restringe o ser humano é justamente a sua ignorância para que consiga libertar-se. O sofrimento é simplesmente o fruto de nossa própria ignorância. Se nos esforçarmos, com sinceridade no coração, perseverança e força, atingiremos um resultado: a transformação do próprio destino.
A humanidade vive hoje num deserto em relação à Verdade, um deserto que não tem uma trilha que possa ser identificada, pois a areia vai e vem; por isso as dunas são móveis, ou seja, não há um caminho fixo. Então, em que se orientar? Tudo neste mundo muda. A sociedade e as pessoas mudam. Há somente um tipo de coisa que não muda: a verdade dos Homens Santos.
No deserto precisamos nos orientar pelo sol e pelas estrelas. Quem estuda História sabe que as culturas da humanidade sempre sofreram constantes transformações. Somente a cultura dos Homens Santos não se transforma. Por isso, a direção que buscamos é a deles."

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20080926

Nasrudin, O Mestre Sufi

Hodja Nasrudin, com seu humor e sua “lógica” toda especial, é um personagem criado pelos sufis com o propósito de trazer à tona a imaturidade de nossos conceitos e de nos colocar frente a frente com a mecanicidade de nossas atitudes. Suas histórias armazenam um conhecimento que procede da própria fonte do ensinamento, e o impacto que produzem é uma das técnicas utilizadas pelos Mestres Sufis para fazer com que o buscador, a partir de sua própria experiência interna, alcance uma percepção mais profunda da realidade e desperte, a partir dai, as possibilidades superiores de sua mente, pois o pensamento formal, os juízos de valor, as idéias ordinárias a respeito de tempo e espaço, embora sejam úteis para nossas atividades cotidianas, são ineficazes para a compreensão da verdadeira realidade.
Desse Mestre tão citado por OSHO, compartilho o seguinte conto: "O Asno".
"Um dia Tamerlão recebeu de presente um asno de grande valor e apresentou-o aos cortesãos, que não pararam de elogiá-lo. Tamerlão dirigiu-se à Nasrudin e disse-lhe: - Qual é a tua opinião a respeito deste asno? - De minha parte - respondeu Nasrudin - creio que neste asno podem ser observadas grandes aptidões e, se o senhor me permitir, poderei ensiná-lo a ler, no período de alguns meses. - Se conseguires fazê-lo, eu te recompensarei muito bem - disse Tamerlão. Ao cabo de três meses, Nasrudin apresentou-se na corte com o asno e, sem dizer uma palavra, tomou um grande livro e colocou-o na frente do animal. Imediatamente este pôs-se a virar as páginas do livro com sua língua e a zurrar, cada vez que passava uma página. Surpreendido, Tamerlão perguntou-lhe como havia chegado a este resultado. Nasrudin explicou-lhe: - No primeiro dia em que levei o asno para minha casa, nada dei-lhe de comer. No dia seguinte, pus este livro na sua frente, com grãos de milho entre as suas folhas; e, faminto, o asno farejou os grãos e começou a virar as páginas do livro; quando não encontrava grãos, olhava-me no rosto e zurrava; e, assim, eu o acostumei a alimentar-se. Um dos membros da corte, tentando menosprezar o feito, disse-lhe: - A única coisa que o asno fez foi virar as páginas e zurrar, mas não leu nada! Nasrudin, dirigindo-se à corte, enfatizou: - Um asno não pode aprender a ler mais do que isto; e quem quer que pretenda ensinar-lhe mais deveria considerar a si próprio um asno”.
Fonte - "Contos de Ensinamento do Mestre Sufi Nasrudin", Edições Dervixe - RJ.

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20080917

Remake

20070215

E você, escolheu ou foi escolhido?

Uma velha lenda conta que após Adão e Eva serem expulsos do Paraíso, abriu-se lentamente um grande abismo entre eles e os demais membros do Reino Animal. No último instante, antes que essa abertura se tornasse larga demais, o cão pulou por sobre ela, decidindo passar o resto da eternidade ao lado de seu melhor amigo, o homem.
Duvido que alguém, em algum momento de sua vida, não tenha tido o seu bicho de estimação. Na minha infância esse meu amigo foi um cachorro preto e peludo que, embora fosse um reles vira-lata, era muito estimado em nossa família. Seu nome era Brotíchkim (“Brotinho”). Quando meus pais desistiram da dura lida na lavoura para enfrentar a vida na cidade, esse cão que era parte integrante da família já carregava consigo a seqüela de ser coxo (manco), devido a dois acidentes que teve ainda nos tempos de sítio (uma picada de cobra, na mesma perna traseira que antes já havia sido atingida pela roda de uma carroça). Por muitos anos, “na aurora da minha vida, na minha infância querida” (Casimiro) ele foi meu fiel companheiro. Infelizmente, já senil, aqui na cidade a roda de um caminhão encurtou os dias de existência que ainda lhe restavam em nossa companhia. Para mim foi um triste e choroso fim.
Depois disso vieram apenas alguns pássaros cantantes e por interesse de meus dois irmãos mais velhos. Mais tarde (anos 80) houve um gato preto (Nhô), mas este foi o animal de estimação de meu irmão caçula, o Heavy Taxinha. Não teve sorte, o coitado, pois foi envenenado por algum “vizinho da onça”.
A vida segue seu curso e cada um tem também o seu destino. Hoje estou casado e o Bobby Filho (Thiago), quanto tinha seus oito anos, por um ano teve como mascote uma cachorra Dachshund (Tuka Maluca), um presente do Papai Noel que teve que ser doado por ordem médica, por motivo de seu tratamento alérgico. Para compensar essa falta de um bicho de estimação, aos 10 ele ganhou logo três filhotinhos de jabotis (Toka, Silver e Litle), que inicialmente cabiam na palma da mão, mas que depois, com o passar dos anos, cresceram um tantão.
De quebra, no início de 2006, adotamos também uma bonita gata de uns 2 anos que inicialmente sorrateira apareceu em nosso quintal, onde foi ficando, escondida, sobrevivendo não sei como, até que o próprio Bobby, aos 16 anos, por empatia, descobriu que ela estava com uma coleira plástica presa entre uma pata dianteira e o pescoço, um laço que depois de cortado mostrou uma grande ferida. Por compaixão, ou talvez para pagar algum carma, ela foi por mim levada ao veterinário, onde foi tratada (até passou por cirurgia) e hoje, Ming Miao Mao (Nick), é o “dodói” da família.
Por isso, quanto a bicho, eu digo, o cachorro pode ser o melhor amigo do homem, mas, já a nossa gata, foi ela quem escolheu seu novo dono!

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20080916

Hoje

Vivendo e aprendendo em 2 0 0 8 0 9 1 6 1 2 3 5 !

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20080908

O Servidor de Deus

A vida é antes de tudo um “serviço”, e é através do “servir” que se processa um efetivo desenvolvimento espiritual do ser humano. O poema de Gabriela Mistral (1889-1957), poetisa e escritora chilena (e primeira latino-americana a receber o Prêmio Nobel de Literatura, em 1945) manifesta precisamente esta filosofia de “servir”.
"Servir

Toda a natureza é um serviço.
Serve a nuvem.
Serve o vento.
Serve a chuva.
Onde haja uma árvore para plantar, plante-a você.
Onde haja um erro para corrigir, corrija-o você.
Onde haja um trabalho e todos se esquivem, aceite-o você.
É muito belo fazer aquilo que os outros recusam.
Mas não caia no erro de que só há mérito nos grandes trabalhos.
Há pequenos serviços que são bons serviços.
Adornar uma mesa,
arrumar seus livros,
pentear uma criança.
Uns criticam, outros constróem.
Seja você o que serve.
Servir não é faina de seres inferiores.
Seja você o que remove,
a pedra do caminho,
o ódio entre corações
e as dificuldades do problema.
Há a alegria de ser puro
e as dificuldades do problema.
Há a alegria de ser puro
e a de ser justo.
Mas há sobretudo,
a maravilhosa, e imensa alegria de servir."

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20080902

Rir é ...

Rir é o melhor remédio, rico ri à toa e quem ri por último ri melhor!
Então tá!

Uma senhora vai ao médico e diz:
-Doutor, tenho um problema de gases, mas isso não me aborrece. Eles nunca cheiram e sempre são silenciosos. Desde que entrei na sala já soltei alguns puns e o senhor nem percebeu.
O médico a examina e depois lhe diz:
-Tome estas pílulas e volte na semana quem vem.
Na semana seguinte, a senhora retorna ao consultório, mas tem uma queixa:
-Doutor, não sei o que o senhor me deu, mas embora continuem silenciosos, agora os meus gases estão cheirando mal.
-Bom – responde o médico – já curamos a sua sinusite. O próximo passo é cuidar do seu ouvido!

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