Por aí, "o amor é lindo", a música é sorebana: programas e notícias correm soltas!
De noite, morcegos namoram nas árvores dos parques, observando o ajuntamento de índios
Cujos cachimbos estão acesos e têm nas mãos as zarabatanas armadas;
As tribos rivais, iguais ou indeferentes, fenecem de letal veneno;
Os camaleões e as mariposas oferecem o seu falso néctar, como se fossem ampolas de mel;
Bem distante ecoam os latidos de flácidos buldogues à procura de inexistentes pirilampos;
Desesperados, os ignorantes colhem as suas moedas como se se nada houvesse ao seu redor;
Uma massa de coitados vaga desemparada, com a únida esperança do dia seguinte.
Venenosas, as cobras se escondem;
Os sapos proliferam-se;
Os ratos banqueteiam-se;
Os urubus aguardam o fim da festa;
Quanto a nós, palco e cenário dessa interminável peça,
Temos um único direito: o de saber o nome das vacas e dos bois:
Boi Zebu, Vaca Amarela...
( "Hay que tenermos cojones, pero, sen quedar la ternura jamás" - Chê)
(... Pues sen tenermos cojones, nenguno otro hombre se fás! - "Eu").