20051206

Secos & Molhados

O maior fenômeno musical do ano de 1973 foi sem dúvida nenhuma o lançamento do primeiro disco do revolucionário conjunto Secos & Molhados: “Se, naquela época, uma nave-mãe tivesse pousado, por exemplo, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, e despejasse através de suas portas alguns alienígenas, ela não teria causado um impacto, uma perplexidade e um maravilhamento tão grande que pudessem rivalizar com aqueles que foram proporcionados pelas primeira apresentações ao vivo de um novo grupo de música popular brasileira chamado Secos & Molhados. Foi um espanto! O impacto inicial de seus shows era primeiramente visual: nunca se tinham visto aquelas roupas, aquelas maquiagens, aquelas cores e desenhos; e mais, a movimentação no palco, em especial a coreografia exótica e sensual de Ney Matogrosso (o vocalista do grupo) era simplesmente desconcertante. O impacto seguinte era sonoro, pois o espanto também era auditivo. O som dos Secos & Molhados surpreendia não apenas pelo timbre e registro insólitos da voz de Ney, mas também impressionava pela sua musicalidade exuberante, nas composições agudas e envolventes, nos arranjos modernos mas sutis e na qualidade contagiante das interpretações. A fase áurea dos Secos & Molhados é um momento singular da história da música popular brasileira. E eles só tiveram fase áurea! Lançaram apenas dois discos em sua formação original (1973 e 1974). Surgiram e acabaram logo, para dar lugar a carreiras solo de seus componentes, como se tivessem sido o brilho súbito de um quasar, uma suave explosão, um sonho irrepetível.”
O jubileu do “Secos & Molhados” foi comemorado em 1999 com o lançamento (dois álbuns em um CD) remixados diretamente das fitas originais por Charles Gavin (“Titãs”). Em minha adolescência eu possuí estes dois discos e vivenciei o brilho daquele momento: “... todas as cores/ e outras mais/ procriam flores/ astrais...”. Em sua adolescência o meu irmão caçula (“Heavy Taxinha”) detonou toda a minha coleção, em vinil. Depois disso, providencialmente ele foi repondo em CD’s essa antiga coleção (EM SEU RACK, OBVIAMENTE: onde eu tiro as minhas casquinhas!).

6 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Uma pena que não duraram o suficiente pra que eu pudesse ter assistido eles juntos...

Beijos

8:46 AM  
Anonymous Anonymous said...

td q é bom não dura nesse país...beijos doces...

9:16 AM  
Blogger Giovanni Lucato said...

Eu posso imaginar como deve ter sido o impacto, pois se hoje alguém aparece contado como os Secos e Molhados já irá causar, agora imagina isso em 1973! Infelizmente eu não peguei essa época de pura criatividade, coisa que hoje está faltando muito! As bandas de hoje em dia são sempre o mesmo seguimento, falta originalidade.

9:31 AM  
Anonymous Anonymous said...

Ver a coleção ser destruida, deve ter sido bem ruim. Mas é bom saber que ela voltou em CDs. Abraço.

2:41 PM  
Anonymous Anonymous said...

eu tive o prazer de ver vários shows deles e valeram muito a pena...
nossa!!perder uma coleção deve ser um pavor,rss
linda noite meu querido!!
beijosssssssssssssss

6:01 PM  
Blogger Luma Rosa said...

Eu sempre associei o Ney Matogrosso ao "Pavão Misterioso" depois que cresci que percebi o meu engano.
Beijus

7:53 PM  

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