20090804

Tamanho não é documento!

O Mestre pergunta para seu discípulo predileto:
- Gafanhoto, se alguém lhe xingar como você reagirá?
- Depende das coisas, Mestre! - responde o discípulo.
- E quais são elas Gafanhoto? - indaga o Mestre.
- São duas, Mestre - diz o Gafanhoto:
- A primeira é ver se o cara é muito grande!
- E se ele for! - indaga o Mestre.
- Daí depende da segunda! - diz o discípulo.
- Como assim? - retruca o Mestre.
- A segunda - afirma o discípulo - é se estou armado ou não!?
- E daí, Gafanhoto? - pergunta o Mestre.
- Daí - como diz o ditado! - tamanho não é mais documento!

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20090608

Amor e Ódio

Pedra com pedra
Quando se batem,
De tanto bater,
De tanto atritar,
Só se esfarelam!

Assim como a pedra
Também é o ódio
E igual é o amor!

Amor e ódio
São duas pedras
Que quando se batem
Só se atritam,
Só se esfarelam,
Em pó ou fogo,
Causando dor!

Pedra com pedra,
Amor com amor,
Quando se atritam,
É tão dolorido!
É puro Ego!
Não é mais pedra
E nem é amor!

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20090430

Quem é o culpado?

- O Guarda, obviamente!
Já antigamente era o Mordomo, mas hoje em dia, com toda certeza é o Guarda, mesmo!

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20081203

Dizer o quê?

Hoje pela manhã estive no meu cirurgião capilar dando uma aparada na encurtada cabeleira que por sinal também já se assemelha à de um monge oriental, quando ele me disse:
- Míchkim, o Brasil é mesmo grande, temos frutas por todos os lugares e com os mais diversos nomes e sabores, não é?
- É, pois é - asserti.
- Veja bem - continuou ele, enquanto mandava brasa na nº 2 - tem fruta do sul, do norte, do nordeste; tem mará, caju, maracujá.
- Pois é - disse eu - mará nunca comi, mas...
E, assim, entretido com lembranças e pensamentos, devaneei com os meus botões: será mesmo que é só o mineiro que come quieto?

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20081105

"A razão da existência"

No livreto "Meditação andando - Guia para a paz interior", de Thich Nhat Hanh (Editora Vozes), esse grande monge budista vietnamita, nos ensina a "Razão da Existência", no texto da página 37, em que diz:

"Há duas dimensões na Vida: a dimensão histórica, em que você se identifica pelo nascimento e morte (roda de sansara), por altos e baixos, começos e fins; e a dimensão absoluta, em que você percebe que tudo isso são apenas conceitos. Quando sua firmeza e liberdade ficarem fortes, começará a entrar em contato com a razão de sua existência, que é a dimensão absoluta da realidade, onde abrem-se as portas do nirvana."
Curiosamente o capítulo XVII do Tao-Te-King (Lao-Tsé) diz a mesma coisa, ou seja, que a moral desse preceito búdico está em falar menos e fazer mais (wei-wu-wei).

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20081031

A história da ratoeira



Esta história é usada em reuniões sobre "Trabalho em Equipe" na MERCER HUMAN RESOURCES, uma das maiores do mundo na área de RH.
"RATOEIRA
Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo no tipo de comida que poderia haver ali. Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado. Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos:
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa!
A galinha, disse:
- Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me incomoda.
O rato foi até o porco e lhe disse:
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira!
- Desculpe-me Sr. Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar, e fique tranqüilo que o senhor será lembrado nas minhas preces.
O rato dirigiu-se então à vaca.
Ela lhe disse:
- O que Sr. Rato? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!
Então o O rato voltou para a casa, cabisbaixo e abatido, para encarar a ratoeira do fazendeiro.
Naquela noite ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando sua vítima. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia caído na ratoeira. No escuro, ela não viu que a ratoeira havia prendido a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher... O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre. Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha. O fazendeiro pegou seu cutelo (pequeno facão) e foi providenciar o ingrediente principal.
Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la. Para alimentá-los o fazendeiro matou o porco. A mulher não melhorou e acabou morrendo. Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo.
Moral da história: na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que, quando há uma ratoeira na casa, toda a fazenda corre risco, pois diz o ditado: 'O problema de um é problema de todos quando convivemos em equipe"."
Pensando com meus botões, este que a transcreve, quer aqui fazer uma observação: É fato que o "espírito de porco" também virou personagem desta história e, como todos sabem, a cobra é um grande predador de ratos. E se, ao matar a cobra, o fazendeiro tivesse a grande idéia de tirar seu couro para fazer um souvenir. E quando ele a sua barriga descobre dentro dela um rato morto? E aí, como é que fica a moral da história? Aceito sugestões!

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20081022

Sem reservas

Eu me considero um romântico assumido. E teimoso também, para não dizer burro, pois, nas horas decisivas em que insistimos no "a", quando o lógico, prático e realizável, está bem claro no "b", sempre me prevalece a força do ego! Porém, se admito essa falha de caráter, entretanto, também admito, que essa possível correção só é possível à um nível mais elevado, o do plano psicológico, que nem sempre aceita as necessárias, óbvias, imediatas e indispensáveis "reprogramações".
Justamente por isso cada um é cada um. E, portanto, agora, retomo o tema do título. Trata-se de "um homônimo" de um filme recente com CATHERINA ZETA JONES, sempre lindíssima e, parabéns MICHAEL DOUGLAS - quem quer comer o melhor manjar faz tudo para tê-lo, custe o que custar, sem entrar nos detalhes...; Ah, Catherina, por cá já superaste nos textos e homenagens a Italianíssima Ornela Mutti, também belíssima em "Crônicas de Um Amor Louco".
"Sem reservas" é um filme que trata do relacionamento interpessoal entre o "Chef" (ela) e seu Sub-Chef, que vai trabalhar por pouco tempo em um restaurante famoso de New York, justamente para conhecê-la. O meu grande aprendizado de culinária nesse filme foi quando, num jantar combinado entre eles, no apartamento dela, ela pergunta para ele, "quais são os três grandes segredos da culinária francesa?". Ele responde: "manteiga, manteiga e manteiga!". Com um largo sorriso ela confirma essa resposta.
Bom, confesso que a manteiga e o azeite se encaixam bem em todas as circunstâncias, do sauté ao gratiné, passando por molhos e etecéteras. Curioso que nessa hora nem me lembrei de outro filme famoso em minha adolescência: "O Último Tango em Paris", se não me falha, com Marlon Brando, onde esse ingediente também é usado em uma famosa cena central do roteiro desse filme.
Moral da história: deduzo portanto que, qualquer que seja a cena do crime, para o prato principal, azeitar na manteiga, sempre traz os resultados garantidos numa boa receita culinária. Mas, Chef ou não, pisar no tomate ou viajar na maionese, não vem ao caso!

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