20060823

Sobre a farinha do maracujá

Essa farinha me interessa. E explico porque: de uns tempos prá cá diversas pessoas têm me alertado dos “milagres” que está causando, no controle da diabete, a farinha de maracujá. E me interessa mais ainda porque a minha ascendência familiar (pais e avós) foi afetada por essa doença que, segundo alguns entendidos, será “o mal do século”. Por ser a fonte de origem dos mais variados desequilíbrios orgânicos, a diabete nos causa também os mais variados sintomas, diagnósticos e doenças, se ela não for preventivamente diagnosticada, adequadamente tratada e periodicamente monitorada.
Está oficialmente confirmada cientificamente que a farinha da casca do maracujá reduz a taxa de glicose no sangue. Em Ciência Hoje de uns tempos atrás foi publicado o texto “Maracujá para diabéticos”, que diz o seguinte: “O estudo da casca do maracujá, coordenado pelo químico industrial Armando Sabaa Srur e desenvolvido pela nutricionista Solange Miranda Junqueira, descobriu o conteúdo do organomineral da casca dessa fruta e constatou que ela possui alto teor de pectina, um tipo de fibra solúvel (totalmente degradável no organismo), que ajuda a diminuir a taxa de glicose e de colesterol no sangue. Estes pesquisadores desenvolveram ainda uma farinha de casca de maracujá que, ao ser misturada em ração para ratos diabéticos, diminuiu em 22% a taxa de glicemia (glicose no sangue) destes animais.” E continua: “Como não vimos efeitos colaterais nos animais, sugerimos que humanos diabéticos também consumissem a farinha, e o resultado observado foi o mesmo.” Entretanto, Sabaa faz uma advertência: “É importante controlar o consumo da farinha, pois, embora ajude a reduzir a glicemia, ela não é remédio e, se consumida excessivamente, também poderá causar hipoglicemia (baixo teor de glicose no sangue)”, e, para que isso não ocorra ele sugere o monitoramento glicêmico do sangue por parte do diabético que fizer uso dessa farinha.
Esta farinha já está sendo comercializada no mercado de fitoterápicos justamente devido ao sucesso dessa pesquisa. E a ótima notícia que tenho para os diabéticos e demais curiosos que lerem este meu texto é a receita dessa farinha. Simples e fácil: escolha bem os maracujás; corte-os ao meio; retire a polpa e aquela pelinha que a envolve; corte as cascas em pedaços menores e deixe desidratar por um dia ou mais até que ela fique ressequida, entretanto, sem embolorar; após, leve ao forno (70º) até ficarem crocantes; bata aos poucos no liquidificador até o ponto de farinha. O pesquisador sugere que os diabéticos utilizem duas a três colheres dessa farinha a cada refeição principal, de acordo com a taxa de glicemia apresentada pelo freguês.
Minha lógica matemática deduz portanto que se tirarmos aquela casquinha amarela e a película interna da casca dessa fruta e batermos com o seu suco provavelmente obteremos o mesmo efeito, sem ter esse trabalhão todo. Estarei certo ou não? De quebra vou dar outra receita de comprovada eficiência popular: retalhe um bom pedaço de gengibre e caramelize com açúcar mascavo, junte a polpa do maracujá cujas cascas virou ou não farinha e acrescente um pouco de água. Ferva bem em fogo baixo até o ponto de xarope. Coe, esfrie e coloque em frasco de vidro. Tome diariamente uma, duas ou mais colheres de sopa, à noite. Tira a dor do corpo (fadiga e estafa), faz dormir e traz lindos sonhos. Dica de “Meditando na Cozinha” (CorreCotia), crônicas e receitas da Sonia Hirsch, livro que recomendo para quem quiser saber-bem-mais sobre holismo e alimentação natural.

2 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Ainda bem que na minha familia não temos casos de diabete.
Mas usamos demais o maracujá no preparo de sucos[calmantes],mousses[delirantes]e pudins[refrescantes], além de comê-los de colher, hummmm, delicia!!
Lindo dia querido,
beijosssssssssss

7:49 PM  
Anonymous Anonymous said...

Ó Grande Alquimista culinário! Muito interessante. A glicose de alterego sempre andou nos 107/108 desde que ele se conheçe por gente. Mas o tipo não gosta de maracujá. Será por isso?

:)

Abraços;

1:07 PM  

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