Sobre o medo
Ah, como é difícil lidar com o medo, esse animal que está sempre perto de nós, como um cachorro raivoso pronto para nos atacar. Todos nós sabemos que a mágoa, o ressentimento, a ira, o ódio, vira fúria, e, a partir daí tudo se torna incontrolável. A angústia, o medo, o temor, vira pânico, a pior das situações. E quando isso nos acontece não sabemos se iremos, por motivo físico ou psicológico, nos matar ou morrer.
Quem passa por isso, vive dias cheios de ansiedade, de angústia, de insano pânico, de depressão profunda, sem vontade para nada, sem alegria de viver, querendo somente o abrigo de um profundo poço onde possa refugiar o seu corpo e, nesse útero fraterno, poder ele hibernar. Isso parece coisa de urso, de doido, de maluco, bem sei, mas como dizer isso para uma pessoa que está sentindo exatamente isso justamente quando o inverno está para chegar!?...
A propósito disto recebi recentemente um e-mail sobre esse assunto, cujo título é: Como lidar com o medo. Para aqueles que acreditam em esoterismo e também para aqueles que não acreditam, esse texto é uma grande mensagem. Ele foi enviado por Shon Thor, de Órion, e nos revela as origens do medo e de como podemos fazer para enfrentá-lo.
Segundo ele, temos muitos medos: o da perda, o do desconhecido, o das perturbações e até mesmo o das guerras e revoluções sociais, medo do fracasso, da rejeição, da incompreensão, de perder o emprego, de ficar sem dinheiro, da escassez material, da falta de carinho do conjuge, da falta de amor. São tantos medos dentro deste nosso baú, que se o abrirmos, para fora, quantas tristezas, quantas sujeiras, quanta poeira só surgirão!
Amigos, isso é nós, cada um de nós, com seu bau, com o seu fardo a carregar. No baú dos mortos é costume antigo carregar os ossos de nossos ancestrais, mas no nosso próprio baú do dia-a-dia carregamos de tudo: ódios, frustrações, mesquinharias, desilusões...
Como dizem por aí, o que é mais podre, mais leve, flutua, como estrume, no alagado dos pântanos ou mais comumente nos condutos dos esgotos. Jás as nossas riquezas são pesadas, são riquezas interiores, são pepitas de ouro que estão enterradas no precioso solo do nosso coração. Urge, é urgente, urgentíssimo, resgatá-las e, para que isso aconteça e preciso que passemos a garimpá-las, periodicamente, mesmo que, inicialmente, apenas como simples migalhas, dessa nossa rica mina interior. Esse é o nosso grande destino. Essa é a nossa salvação.
Agora, o grande medo, o maior medo, aquele que assuta a todos, é o medo da morte. Podemos, por exemplo, ter medo em ser assaltados, mas no fundo, no assalto, o que sentimos mesmo, é o medo da morte. O ser humano, quando nasce, tem apenas uma única certeza absoluta: que um dia, seja ele qual for, irá morrer! E isso nos cria uma ansiedade tão grande, um medo sem limites, da espera da chegada desse momento final (é, como dizem por aí, viver no fio da navalha).
Portanto, temos que encarar a morte como um fato natural, pois quem nasce fatalmente também irá morrer, e assim como nasci sozinho e sou o fruto do amor de meus pais, um dia, quando eles já não estiverem mais aqui presentes para me amparar em minha vida, também irei morrer, sem medo!
A grande verdade é que somente quando aceitarmos a morte como sendo a outra face da vida é que poderemos viver sem medo, pois, conforme foi exposto, com ou sem esoterismos, o que nos pode acontecer no final de nossos dias, única e simplesmente, com ou sem sofrimento, é a nossa própria morte, ou seja, o fim de nossos passos de nossa caminhada atual e não um ponto final!
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