20070215

E você, escolheu ou foi escolhido?

Uma velha lenda conta que após Adão e Eva serem expulsos do Paraíso, abriu-se lentamente um grande abismo entre eles e os demais membros do Reino Animal. No último instante, antes que essa abertura se tornasse larga demais, o cão pulou por sobre ela, decidindo passar o resto da eternidade ao lado de seu melhor amigo, o homem.
Duvido que alguém, em algum momento de sua vida, não tenha tido o seu bicho de estimação. Na minha infância esse meu amigo foi um cachorro preto e peludo que, embora fosse um reles vira-lata, era muito estimado em nossa família. Seu nome era Brotíchkim (“Brotinho”). Quando meus pais desistiram da dura lida na lavoura para enfrentar a vida na cidade, esse cão que era parte integrante da família já carregava consigo a seqüela de ser coxo (manco), devido a dois acidentes que teve ainda nos tempos de sítio (uma picada de cobra, na mesma perna traseira que antes já havia sido atingida pela roda de uma carroça). Por muitos anos, “na aurora da minha vida, na minha infância querida” (Casimiro) ele foi meu fiel companheiro. Infelizmente, já senil, aqui na cidade a roda de um caminhão encurtou os dias de existência que ainda lhe restavam em nossa companhia. Para mim foi um triste e choroso fim.
Depois disse vieram apenas alguns pássaros cantantes e por interesse de meus dois irmãos mais velhos. Mais tarde (anos 80) houve um gato preto (Nhô), mas este foi o animal de estimação de meu irmão caçula, o Heavy Taxinha. Não teve sorte, o coitado, pois foi envenenado por algum “vizinho da onça”.
A vida segue seu curso e cada um tem também o seu destino. Hoje estou casado e o Bobby Filho (Gary Míchkim), quanto tinha seus oito anos, por um ano teve como mascote uma cachorra Dachshund (Tuka Maluca), um presente do Papai Noel que teve que ser doado por ordem médica, por motivo de tratamento alérgico. Para compensar essa falta de um bicho de estimação, aos 10 ele ganhou logo três (jabotis: Toka, Silver e Litle), que inicialmente cabiam na palma da mão, mas hoje já estão grandões.
De quebra, neste último ano, adotamos também uma bonita gata de uns 2 anos que inicialmente sorrateira apareceu em nosso quintal, onde foi ficando, escondida, sobrevivendo não sei como, até que o próprio Bobby, hoje aos 16, por empatia, descobriu que ela estava com uma coleira plástica presa entre uma pata dianteira e o pescoço, um laço que depois de cortado mostrou uma grande ferida. Por compaixão, ou talvez para pagar algum carma, ela foi por mim levada ao veterinário, onde foi tratada (até passou por cirurgia) e hoje, Ming Miao Mao (Nick), é o “dodói” da família.
Por isso, quanto a bicho, eu digo, o cachorro pode ser melhor amigo do homem, mas, já a gata, é ela quem escolhe o dono!

4 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Por ter asma como herança genética e nascido alérgica 100%, os gatos nunca fizeram parte dos meus preferidos,já os cãozinhos amo de paixão sendo que, meu Will[Wilbor,de batismo]tenha partido há 3 anos, deixando seu corpinho na minha cama que com ele dividi por 15 anos, o safado me sabia triste ou alegre,comia só se eu colocasse e nada de ração tinha que ser o frango que eu preparava com arroz soltinho,tudo sem tempero apenas um salzinho, assim como o banho que só eu podia dar,era lindo e de uma raça em extinção,Lulu da Pomerânea,um amor de cão que mais parecia gente que sabia tudo da vida dos humanos e partilhava emoções,meu amigo,meu grande e amado amigo jamais terá alguem em seu lugar.
Amo os cães e choro ao lembrar do meu filhote,tenho dele uma foto bem aqui olhando pra mim comendo cenoura crua, precisava ver que meigo,ele segurava com as patinhas e as comia inteiras e as maçãs? dava com casca que ele deixava no canto depois de papar toda a fruta, esperto né? muito amado!
lindos dias querido Álvaro
beijossssssssss

12:34 PM  
Anonymous Anonymous said...

Morei de criança numa casa bem grande, sem cachorros. Uma vez uma tartaruga (ou Jaboti ou Cágado, sei lá) que resolveu se suicidar indo dormir junto ao pneu traseiro do carro de papai. Sem cachorros, apareciam muitos gatos. Tinha lá até uma gaternidade, e aprendi a conhecer os felinos. Mas não a gostar das pestes não. Gato é interesseiro. Xô!

6:08 PM  
Anonymous Anonymous said...

Bom carnaval meu querido, mesmo sem gostar da folia aproveite os dias para descansar,rss
beijosssssssssss

8:51 AM  
Anonymous Anonymous said...

Nossa! Gostei de como escreves =]
Que longa hostória, era lendo a sua e lembrando da minha. E realmente os gatos escolhem seus donos, autoritários como eles só! Beijos e tire o melhor proveito desse feriado.=)

6:28 PM  

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