20061003

Banca?

Quando começamos a namorar, eu, como bom cavalheiro, insisti:
- Deixa comigo!
Mas, na segunda ou terceira vez, ela foi categórica:
- Vamos fazer uma banca?
Nisso, cofiando a barba de militante esquerdista, pensei com meus botões: banca é lugar onde se vendem revistas, livros, jornais, figurinhas...; ou seria banca de mestrado ou doutorado? Como bom cidadão, banca de bicho eu aceitaria não!
- Banca, que banca? - respondi.
- Bobinho, uma banca para as nossas despesas, para quando sairmos passear.
- Não é justo - continuou - somente você ficar pagando as contas quando sairmos juntos. Além do mais, não é você que se diz democrático. Seria machismo de sua parte querer fazer o contrário. Além do mais, em que século estamos?
- Vinte! - Eu.
- Então. - Ela.
Meio sem graça tive que admitir. Não sei onde iria enfiar o meu cavalheirismo, mas admiti:
- Talvez você tenha razão, só que...

(Pausa para uma divagação - para ganhar tempo e reorganizar a pauta!)

- ... só que, posso pedir uma coisa?
- Claro que pode, o que é? - disse ela.
- Posso chamar isso daí de coletivo? - respondi.
- Coletivo?
- É, coletivo, sacumé, você sabe como sou meio socialista - rabanete, vermelho por fora e branco por dentro! -, então prefiro chamar a "coisa" de coletivo, você concorda?
- Claro que sim, bobinho!
- Então tá legal, a partir do próximo ano faremos o "nosso" coletivo - disse isso para sentir firmeza na relação.
- Ano que vem? Assim não vale...
- Tá legal, então faremos como você quiser, okey.

(Pausa para uma explicação!)

Não é só chinês que gosta de contar historinhas. Eu também gosto! Então, segundo consta, havia um presidente norte-americano, desses bem famosos da história, que, na hora dos despachos com seus ministros, quando tinha que chancelar positivamente alguma decisão, escrevia OK e não Oll Korrect, como seria o certo. No início do seu mandato já havia sincopado para Okey. Logo depois assumiu de vez somente o OK. Eu, no seu lugar, ficaria vermelhinho, vermelhinho...; mas presidente gringo é outra coisa, sua mistura é fina, apronta cada uma e depois todo o "mundo" ainda lhe mostra a b...., digo, ainda bate palmas! E foi daí que esse termo colou, OK!
Após a explicação - por sinal, muito inusitada para um casal em começo de namoro! - falei prá ela:
- Benzinho, posso pedir mais uma coisa?
- O que vai ser agora? - ela gracejou!
- Pode, o quê? - Dela.
- Um beijo teu! - Meu.

NNNN

2 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Então ela disse "OK" e namoraram felizes por muito tempo...

:)

Abraços.

9:58 AM  
Anonymous Anonymous said...

E essa banca deve ter rendido muito pois até hoje está de pé e nem foi a banca rôta, rssss
Que história linda de economia coletiva, isso sim, custas e lucros em nome do amor!!
Rato? Uaiiiiiiiiiiiiii, nem morto,rss
lindo dia querido
beijossssssssssss

10:54 AM  

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