Sobre a salada
O meu chapéu (Toc Blanc) de cozinheiro eu ganhei do Chef Allan Vila Espejo. Ele já cozinhou uma paella para três mil pessoas, depois entrou para o Guiness Book com uma brachola gigante e, atualmente, de segunda a sexta, às 19h30, apresenta o programa “Mestre Cuca”, na Rede Mulher de Televisão, agora em rede por assinatura. Ave Chefe, sempre alerta, você é quem brilha!
O papo de hoje é gastronômico e versa sobre a salada e, sobre ela, eis o que li por ai: “Antigamente as saladas eram compostas de culpa, coragem e sobras. Para justificar os excessos e exageros dos pratos quentes, verduras e legumes temperados com óleo e vinagre aliviavam a culpa provocada pela alimentação incorreta e pesada. Fora as sábias crianças- que as odiavam! - as saladas somente eram engolidas graças à coragem e à boa educação. Para torná-las mais aceitáveis, restava o recurso hediondo de enfeitá-las com qualquer carne ou ave, sobreviventes de uma refeição passada. A criatividade era sinônimo de vale tudo: qualquer mistura impensada poderia ser atirada à mesa, para desespero dos comensais.
Dois fatores, reflexos de um único fenômeno, resgataram a salada de seu purgatório imemorial. Em primeiro lugar, a preocupação com a saúde, a forma física e o diâmetro da cintura prepararam o terreno e, desde os anos 60, vem crescendo a disposição das pessoas para se alimentarem de um modo mais compatível com a velocidade do mundo moderno e mais adequado aos novos conceitos de viver bem. Em segundo, a revolução na arte culinária iniciada em 1973 pela Nouvelle Cuisine francesa derrubou muitos dos mitos da cozinha tida como clássica. A recusa à complicação inútil, a valorização dos ingredientes naturais e frescos, a leveza e a invenção caracterizaram a nova cozinha.
Esta mudança no gosto encontra uma de suas expressões favoritas na salada. Especialmente adequadas ao nosso clima tropical, as saladas podem ser a forma mais elegante e simples de apresentar um alimento. A criatividade bem explorada, o critério na seleção e preparação, e o recurso dos temperos tradicionais ou exóticos, bem dosados, são fatores capazes de dar o toque mágico final capaz de transformar uma simples folha em um prazer gastronômico inigualável.
Preparos e receitas, de saladas e molhos, ficam pra depois. Se o leitor quiser, pesquise à vontade e exerça a sua criatividade, pois vale a pena e, quem diria, hoje em dia até mesmo a rede Mac'Donald também tem em seu cardápio uma leve saladinha.
1 Comments:
Nunca fiz regimes,portanto nunca precisei recorrer as saladas [nunca fui fã] e até hoje para comê-las tenho que adorná-las com queijos,ervas e frutas[adoro sal com doce]...mas é um prato saudável e bonito pelo colorido.
linda noite meu querido,
beijossssss
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