Navegando contra o vento
Há muitos anos, ao final da tarde, sempre quando eu retornava do serviço a molecada do bairro toda ia se ouriçando: “olha quem vem lá!”. Era um pássaro? Não! Era um avião? Não! Era o Super-Homem? Também não pois ele vinha a pé! Então, quem é que era? Era o “homem do doce”(e quem advinhar o nome do “homem do doce”, ganha um pé de Álvaro, digo, um pé-de-moleque!).
Tudo isto parece brincadeira, mas realmente era assim: mal eu chegava em casa e já tocava a campainha: “Ei, moço, tem doce?”. Daí formava a fila, capitaneada pelo pequeno Joãozinho, para receber o doce do dia (gibi, paçoquinha, cocada, doce deleite...). Isso tudo durou enquanto por ali o Joãozinho morou!
Tempos atrás eu estava a caminhar pelas ruas, e alguém que passava de bicicleta me chamou pelo nome: “Ei, Álvaro, sou eu o João!”. Demorei para reconhecê-lo, ele havia crescido e já estava um rapazinho. “Oi João, onde você está morando? Nossa, como você cresceu!”, eu lhe disse. Conversamos um pouquinho e depois ele se foi, como o vento, que já passou antes e, com certeza, voltará a passar depois. Não a mesma brisa já sentida, mas outra que virá, para demonstrar que ela existe.
No último Natal e Reveillón e como sempre aconteceu nos últimos anos, únicas datas por elas lembradas depois que o Joãozinho se mudou, a criançada do bairro, já agora mais crescida, e agora capitaneada pelas meninas, novamente vieram tocar a campainha, já não à espera de doces, mas sim para desejar “Feliz Natal e Próspero Ano Novo” e receber em troca alguns reais, com certeza para comprar batons!
E como essas datas estão chegando, em minha bolsa já estou guardando um bom punhado de notas trocadas, pois este rapaz não vôa como gafonhoto mas é sempre previdente.
Tudo isto parece brincadeira, mas realmente era assim: mal eu chegava em casa e já tocava a campainha: “Ei, moço, tem doce?”. Daí formava a fila, capitaneada pelo pequeno Joãozinho, para receber o doce do dia (gibi, paçoquinha, cocada, doce deleite...). Isso tudo durou enquanto por ali o Joãozinho morou!
Tempos atrás eu estava a caminhar pelas ruas, e alguém que passava de bicicleta me chamou pelo nome: “Ei, Álvaro, sou eu o João!”. Demorei para reconhecê-lo, ele havia crescido e já estava um rapazinho. “Oi João, onde você está morando? Nossa, como você cresceu!”, eu lhe disse. Conversamos um pouquinho e depois ele se foi, como o vento, que já passou antes e, com certeza, voltará a passar depois. Não a mesma brisa já sentida, mas outra que virá, para demonstrar que ela existe.
No último Natal e Reveillón e como sempre aconteceu nos últimos anos, únicas datas por elas lembradas depois que o Joãozinho se mudou, a criançada do bairro, já agora mais crescida, e agora capitaneada pelas meninas, novamente vieram tocar a campainha, já não à espera de doces, mas sim para desejar “Feliz Natal e Próspero Ano Novo” e receber em troca alguns reais, com certeza para comprar batons!
E como essas datas estão chegando, em minha bolsa já estou guardando um bom punhado de notas trocadas, pois este rapaz não vôa como gafonhoto mas é sempre previdente.
2 Comments:
Parece que Riacho Claro seria um cenário ideal para uma novela. Tantos personagens, tantas histórias, tantas coisas ocorrendo já entremeadas pela carruagem do tempos. Aquele tempo dos velhos Packards e Belairs.
Mas se fosse na Globo eles enfiariam as garotas pedindo trickle-tracle em Haloween, esses bruxos da comunicação. Melhor mesmo batons de Natal e pronto, Gafanhoto.
Abraços.
Que delicia saber disso, esse gafanhoto é do bem e dá doce até no Natal, quero pé de moleque, bala jujuba e doce de leite com coco, tem aí Tio Álvaro? Ah! quero bala juquinha, é..aquela que cola no céu da boca, rsss.
Abençoados os Joãos e todos seus seguidores por terem no seu caminho um moço como você.
Blogspot me boicotou hj cedo, nem me deixou entrar aqui :(
lindo dia querido
beijossssssssssssss
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