20071218

Na Catedral

Aplhonsus de Guimaraens

Entre brumas ao longe surge a ourora,
O hialino orvalho aos poucos se evapora,
Agoniza o arrebol.
A catedral ebúrnea do meu sonho
Aparece na paz do céu risonho
Toda branca de sol.

E o sino canta em lúgubres responsos:
("Pobre Álvarus") Pobre Alphonsus.

O astro glorioso segue a eterna estrada.
Uma aérea seta lhe cintila em cada
Refulgente raio de luz.
A catedral ebúrnea do meu sonho
Onde os meus olhos tão cansados ponho,
Recebe a benção de Jesus.

E o sino clama em lúgubres responsos:
("Pobre Álvarus") Pobre Alphonsus.

Por entre lírios e lilases desce
A tarde esquiva: amargurada prece
Põe-se a luz a rezar.
A catedral ebúrnea do meu sonho
Aparece na paz do céu tristonho
Toda branca de luar.

E o sino chora em lúgubres responsos:
("Pobre Álvarus") Pobre Alphonsus.

O céu é todo trevas: o vento uiva.
Do relâmpago a cabeleira ruiva
Vem açoitar o rosto meu.
A caderal ebúrnea do meu sonho
Afunda-se no caos do céu medonho
Como um astro que já morreu.

E o sino chora em lúgubres responsos:
("Pobre Álvarus") Pobre Alphonsus.

Ps- Na catedral todos os urubus - Álvarus e Alphonsus - são pardos.

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20071214

Ponderação

Atos fatos
Caminhos percorridos
(auto-realização)

Fatos buracos
Escavando busca
(fuga da escuridão)

Existência terrena
Trilha caminho
(não à contra-mão)

Avançar adiante
Desapego
(essência em libertação)

Caminho
Destino
(de eterna retidão)

Rota aérea
Busca etérea
(os pés-no-chão)

Plano absoluto
Morada da luz
(a casa da salvação)

Estampada face
Louva à Deus
(o meu coração)

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20071213

Trama

Vivendo e sempre aprendendo
E principalmente sabendo
Que puxando um simples fiozinho
Este gato que fos fala
Desenrola ou se enrola....
Em todo um novelo!

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20071212

Rosana

Rosa Ana,
Ana Rosa,
Seja Ana
Seja Rosa,
Esta flor
Mais formosa,
És tu, Rosana!

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